segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Amnésia



Havia alguma coisa no caminho,
Alguma coisa em mim,
Havia uma coisa no caminho.

No caminho estava eu
E alguma coisa no caminho,
Algo da lembrança
Que foi deixada ou foi destino.
Havia alguma coisa,
Havia uma coisa no caminho.

Não era uma pedra, não era perigo.
Seria uma pessoa, ou seria sentido?
Eu tento lembrar, eu tento sozinho,
Ninguém se recorda, mas eu reafirmo:
Havia uma coisa
Alguma coisa no caminho.

Por: Marvim Mota

domingo, 18 de outubro de 2015

Sobre Abelhas de Papel



Parece loucura, e talvez seja,
Vi abelhas de papel sobre a mesa
A lembrança da infância e da  inocência tardia
Na calada da noite o assoviar do dia.

Na guerra por nossos sonhos em meio ao mundo real
Na tenra idade adulta, na luta contra o carnal,
A memoria tão viva e astuta sobrevive atemporal
No sorriso de rima oculta, na lagrima sacrificial.

Sobrevivo sem muita astucia caminhando no vendaval
As abelhas se vão em duplas voando em espiral
Observo parado a rua num interno memorial
E escrevo em letra turva, meu desejo de natal.