sexta-feira, 15 de novembro de 2013

DoR


Purificador
Purifica a dor
E pura fica a dor
Fonema indolor
Poesia sem labor
Verbete assola a dor
Traduz o tradutor:
"A dor é um tutor"
Ensina o Instrutor:
"A vida educa a dor
E a dor educa a gente"
Só assim a gente sente
Sozinho a gente mente
E sente... A dor.


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Melancolia




Odeio sentir saudade de coisas que ainda não vivi... Mas sinto.
E sinto muito por mim mesmo, por sentir tanto.
"Pobre de mim", diria eu, se não me soasse tão sarcástico a mim mesmo.
Em vez disso aprecio a melancolia como quem degusta uma melodia aconchegantemente triste.
Embriagando-me em doses irresponsáveis de musica e poesia,
Sorrio na face da desgraça enquanto inalo o aroma destilado pelos poros dos meus versos.
Entorpecido, caminho pelo teclado abraçado com a espera (fiel companheira), pedindo-lhe que 
me confidencie uma rima nova para o poema perfeito que não escreverei.
Discorremos de forma filosoficamente imbecil como chegamos até aqui,onde batizei Lugar Nenhum,
Lugar onde todos nos abraçamos enquanto o mundo desmorona por trás de olhos vendados e falsos sorrisos.

Desconsidere meu torpor niilista, é apenas a melodia ou a verdade oculta em nossa carne.
Surpreendo-me em como podemos sorrir em meio a essas notas descompassadas 
Em como se consegue ver onde nunca ouve, e assim agindo, agora ha.
Eu sei, tudo soa sem sentido, talvez não haja sentido algum... ou talvez tudo seja apenas uma questão de ponto de vista.
Você escreve a poesia ou a poesia lhe escreve?
Mistério eterno q jamais se desvendou... Assim como nosso futuro, belo e misterioso.
Incompromissível ao meu pobre ser, que limita-se a conter-se em sua abrupta inquietude.

Odeio sentir saudade de coisas que ainda não vivi... Mas sinto.


Por Marvim Mota

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O Silencio que Sucede a Oração

 
    Era a quarta vez que eu olhava para o relógio na parede do quarto, não havia um motivo, talvez, inconscientemente estivesse esperando que a solução tivesse marcado um horário para surgir.
   Meus olhos baixam para a cama ao meu lado onde Ana está deitada, pálida como neve, com olhos fechados, suando muito, estava magra, como se tivessem sugado sua vida, e de fato, estava sendo sugada... Olhei para a escrivaninha à esquerda, havia um porta-retrato com uma foto de nós dois ainda recém casados, bom, de certa forma ainda somos, faz apenas um ano e dois meses desde a cerimonia. Mas o que me intriga é a sua imagem... A jovem loira com mechas avermelhadas, com seus olhos verdes cheios de vida, mostrando a língua para a foto, em nada parece com a pessoa que está morrendo na cama. Mais um olhar no relógio. Talvez eu só esteja tentando negar a situação. Não, não ha um talvez, é exatamente isso. Porque isso tinha que acontecer? Porque com ela? Porque comigo?
   Ao ado do porta-retrato ha uma caneta rosa, a cinco anos atras ela estava na orelha de Ana... Estávamos em um retiro de jovens da igreja, todos estavam se banhando no mar, mas ela estava sentada na areia, com a caneta rosa na orelha, lendo um livro. Da água, eu a observei, e fiquei intrigado com sua postura indiferente à baderna que os outros faziam. Eu me aproximei para falar com ela... "Cof!", ela está tossindo de novo, está morrendo. Olho novamente para o relógio, 20:40, notei que só agora olhei o horário.
   Vejo ela entrando na igreja no nosso casamento, está chorando, mas com um sorriso radiante, Olhando em meus olhos, vindo em minha direção... "Cof!", não, ela está na cama. Notei agora que ha uma Bíblia ao seu lado. Ana sempre foi uma cristã mais firme que eu... Continuo olhando a Bíblia, lembro de algumas pregações na igreja, lembro da passagem de Hebreus falando sobre a fé, lembro do medico dizendo que não havia mais nada a ser feito... Porque com ela?...20:43... Penso em Jesus, ele curou tantas pessoas aqui na terra, e ele está vivo não é? Disse que se pedíssemos com fé, em seu nome, receberíamos.
   Olho para o teto em um gesto impensado, olho para Ana, na cama... 20:44, a solução não havia marcado hora. Ajoelhei-me no piso duro do quarto, e lembro do dia em que nos mudamos pra cá... Posso ouvir nossos risos... Ponho a cabeça no chão, está frio. Ainda de olhos abertos, ouço e minha mente a voz de Ana cantando uma das poucas músicas que fez, essa era a que mais gostava, fala do silencio que precede a oração, "o momento em que nos preparamos para falar com o Soberano", dizia ela...Eu estava em silencio, e faria uma oração, não sabia como começar:
- Deus...
   Parei,  fiquei alguns segundos em silencio, ainda de olhos abertos, disse:
- Deus, eu sei que o Senhor está ouvindo, sei que está vendo...( eu não consigo continuar, as lagrimas escorrem em meu rosto)... Por favor, salve a Ana, Senhor. Eu sei que pode fazer isso!
   Choro descontroladamente, pedindo para que ela fosse curada. Com o tempo, as lagrimas cessam, eu me acalmo mas fico ajoelhado por alguns segundos, é o silencio que sucede a oração, não havia canções sobre isso.
   Olho o relógio, 22:02... Me preparo para levantar, noto que Ana não está mais gemendo, nem tossindo, uma pequena chama de esperança arde em mim. Levanto e a contemplo, está com seus olhos verdes em minha direção, sorrio para ela e me aproximo. Percebo então que seus olhos estão imoveis, que ela continua pálida, mas dessa vez, literalmente sem vida.
   Ao fim do velório o pastor se aproximou de mim:
- Sei que está sofrendo, mas não se ire contra o Senhor.
   Olhei para ele espantado com o que acabara de ouvir e lhe disse:
- Me irar?! Porque?! Deus me deu o privilegio de conhece-la, de ter a Ana como esposa, de ama-la e ser amado por ela... Porque ficaria irado? Meu arrependimento é não ter lhe agradecido antes.

Por Marvim Mota
 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Inspiração

   Nas minhas letras te encontro, esculpida nas estrofes, escondida nas entrelinhas dos versos. Mas na tentativa de moldar-te de maneira justa, eu previsivelmente falho. Palavra alguma poderia realizar a proeza de conter teus títulos, entregues a ti pelo próprio Autor da vida, nomeou-te minha inspiração, pegou minha vida e te deu como despojo por conquistar minhas emoções e domar meu excessivo racionalismo. Como cativo do amor, por você fui cativado, e me entreguei a esse sonho realizado.
   Estar distante é um fardo, mas resistimos. E ha empecilhos, de fato, mas persistimos.
   Sorrimos de nossas dores, apreciamos os hematomas, na consciência de que os problemas enriquecem a trama. Me ensinando a cada sorriso, mantendo o olhar no futuro, sendo grato aos céus pelas bobagens do cotidiano, vivendo nele eu analiso fascinado, sem proferir nenhuma palavra, vejo que hoje eu vivo, antes de você eu só vagava.
   A cada dia vivo um novo poema, cujo contexto transcende o estilo, tornando a historia uma exposição de arte, e sendo arte, não se define.
   E esse sou eu descarregando a saudade, caderno no colo, sentado na cama... É, o amor é uma viagem, e eu te agradeço pela carona.

Por Marvim Mota

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Fragmentado

Desfragmentando-me em todos os pedaços
Analiso as partículas do ser eu
Observo consternado o abuso que sou
Assombrado pelo conjunto de improbabilidades que me formam.

Não é que eu não aprecie a dicotomia da minha alma
Só não me agrada a ideia de um tom acinzentado
Formando-se entre o preto e branco.
Assusta-me o "Tudo-é-relativo"
Pois na verdade "Nem-tudo-o-é"
Assombra-me a forma como as pessoas
Vendem seus valores por valores tão baixos
E diante da rendição de quem meus olhos jamais diriam que se renderia
Temo pelo meu eu.

Numa época onde nem as moléculas estão livres da desfragmentação
Desfragmento-me em todos os pedaços
Analiso as partículas do que sou
E luto para manter inabaláveis os meus conceitos
Numa estação de banal relativização
Pois não posso me dar ao luxo de render-me como os demais
Afinal, alguém tem que sofrer as consequências de crer no que todos creram
Mas não foram fortes o suficiente para morrer (e quem sabe, viver) por isso.

Por Marvim Mota

sábado, 1 de junho de 2013

Parnasiando


Sons que retinem em minha mente,
Instigando-me a ir além da monotonia,
Movendo meu pensamento à arte,
Pensamentos que poetizam o dia.
Levando-me a questionar a regra,
Escrever o verso com fervor
Simulando a dor de toda terra
Musicando em rima o labor.
Exitando diante do exitar,
No seguir, a arte brota,
Texto vivo, letra solta o ar,
Explicando a vida morta.

Para a frase, e rima e a nota,
Ostentando a bossa e a nova,
Emergindo da turma uma corja,
Sacerdotes do belo, renova
Inspiração, papel, anota:
Arte vive em poesia e proza.

Por Marvim Mota

terça-feira, 28 de maio de 2013

FORGIVENESS


Ferida feita formalmente,
facilitando, 
fustigando formas,
felicitando feitos fúteis,
febrilmente fúnebre.
Ferida.

Família frágil,
fortificação feito ferro
fragilizada facilmente.
francas flores falam:
"fomos fatalmente fantasiadas,
frente faladores felizes."

Fato,
fugitiva fúria 
ferozmente fala fino,
felinamente fornece fel,
feito filho fratricida...
Fuja
Forme
Formas
Faça
Felicidade

Forgive.
Forget.

Por Marvim Mota

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Poetizando

Cale,
Apenas leia e não fale
Apenas sinta e inale
Prenda o fonema e pare
Esqueça a razão e sinta
Veja o futuro e viva
Esqueça o motivo e ria
Um riso calado.

Cale,
Apenas sinta, leia,
Dentro do sangue, veia,
Trinta minutos, meia
Hora pra ceia.

Cale,
Olhe o momento e veja
Olhe a sí mesmo e seja
Olhos nos olhos, beija,
Achegue-se a fonte e beba
Pegue o papel, escreva,
Nasce Poesia
Fale. 

Por Marvim Mota

domingo, 12 de maio de 2013

Tenho

Tenho um amor guardado aqui dentro
Amor de amar-te e amando-te vou contando o tempo
E ver-te me vendo, te amando num rápido momento
Conversas caladas expulsam as palavras
Que escorrem no rosto e caem no vento.

Tenho uma frase guardada aqui dentro
Que espera a deixa mais serena
Ansiosa pra entrar logo em cena
Como se fosse nosso primeiro espetáculo ingenuo
E sem querer, mas querendo,
Retemos o publico obtendo o desfecho central do milênio.

Tenho um sorriso guardado aqui dentro
Esperando seu par a sorrir
Querendo o encontrar e em seus lábios se distrair
Esquecer da rapidez de lembrar-se dessa demora
Esquecer também os farsantes
E dar um brinde ao futuro homenageando o agora.

Tenho uma historia guardada aqui dentro
Não a contarei agora
Talvez a cantarei no amanhã
Não existem nela: Reis, lordes, damas ou soldados
E nem tão pouco bastardos
Não existem rosas cativantes
Nem raposas rindo em tons quase uivantes
Não existem coincidências ou acasos
Não existem mentiras e não ha boatos
Ha apenas um par foragido da normalidade
Eles caminham de mãos dadas
Sorridentes e cantantes pelas vielas da cidade
Ao seu redor não ha nada demais
Em sua troca de olhares
A razão da criação ter sido salva em pares.

Por Reilla Thayle

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Realidade


Grito, deito e espero
Os segundos não passam, oro
O celular não toca
Grito, deito, choro.

Melancolia dramática
Arte improvisada sem auto-permissão
Tristeza em supervalorização 
O sabor agridoce na canção.

Flagelo pessoal é lembrar de ti.
Se foi real o que vivi
Ou se vivi enquanto dormí.
Se eu disse para eu mesmo ouvir
E de tanto querer-te, enlouquecí,
E enlouquecendo, eu sorri.

Entretanto, ouso dizer:
Se essa é a sanidade, me permitam enlouquecer
Pois prefiro o sorriso louco que ser são e não te ter
Prefiro ser insano e em insanidade me perder
Prefiro lembrar da fonte, do que em sede perecer.
Nem beijar-te mais importa, só me importa te rever.
Contemplar tua beleza, deliciar-me com tua voz
Esquecer do mundo inteiro e fingir que estamos sós
Apreciar tua imagem até não ser mais lembrança.
Não pensar se é real, se é incerteza, ou esperança
Pois estando aqui comigo não importa esse dilema
Só escuto a voz no ouvido me dizendo: Amor, não tema.

Mas agora estando longe tudo parece um sonho
Grito, deito e peço a Deus que venha o sono.

Por Marvim Mota

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Refém


   
   A ausência das tuas palavras em meu ouvido fez um temor pairar sobre mim, inebriando minha lucides, disseminando uma fragilidade interna que já n me é desconhecida. Entretanto, não aprecio a companhia dela, pois seus sussurros dão calafrio na alma e preenchem com saudade o espaço vazio dos meus olhos.
   Meu olhar não se cansa das tuas fotografias, mas meus ouvidos bradam em rebelião, erguem seus estandartes em revolta, aliam-se ao meu coração oco e apoderam-se do território do meu cérebro pra me dizer que: Suas fotos não possuem sua voz... Seu sorriso é estático, no olhar não ha vida, não tem seu riso farto, não me contam da vida, não perguntam e não ouvem, não respondem nem cheiram, suas fotos não entendem de amor, não reclamam na segunda-feira.
   Em um clichê cosmicamente planejado, a chuva se inicia enquanto escrevo palavras ditadas pelos meus ouvidos, de quem sou refém. E suas fotos não comemoram a garoa, apenas sorriem belamente de forma estática, satisfazendo meus olhos q não se incomodam com a batalha que travo.
   Meu coração oco bombeando revoltado, fica mais preguiçoso em seus serviço quando me deito p dormir. Meus olhos, agora cansados, anunciam o fim do serviço diário. Meus ouvidos ainda permanecem no território dominado, mas já demonstram desistência.
   Porem, quando fito sua imagem uma ultima vez, em uma ação desesperada eles se apoderam dos meus lábios e empurram boca afora uma frase à sua foto:
- Boa noite princesa.
   Apenas o silencio como resposta.

Por Marvim Mota

domingo, 14 de abril de 2013

Sacrilégio Interno


Senhor, quero escalar Teu santo monte
E olhar o mundo de lá
Observar Teu olhar distante
E ouvir Tua voz falar:

Onde estão? Onde estão os cristãos? Onde estão?

Onde estão as obras?
Onde está o perdão?
Onde está o amor e a graça acima da religião?
E quanto aos perdidos?
Pra que ostentação?
Vale nada um templo cheio de almas presas a acepção.

Sacrilégio interno, as palavras foram vendidas no altar
E a plebe incerta assina um acordo de jamais questionar.

Onde estão? Onde estão os cristãos? Onde estão?

No comercio interno o pecado é pago de forma singular
Um adultério belo de tudo aquilo que se devia ensinar

Sacrilégio interno, as palavras foram vendidas no altar
E a plebe incerta assina um acordo de jamais questionar.

Onde estão? Onde estão os cristãos? Onde estão?

Por Marvim Mota


quarta-feira, 10 de abril de 2013

E Pra Começar Bem O Dia


Dane-se a opinião publica em geral,
Tanto os bons como os maus.
Dane-se as expectativas e as frustrações vividas.
Dane-se as dificuldades, as facilidades
As integridades e as boas maldades
Dane-se os que não se importam
E os que pouco se importam.
Dane-se o post indiferente ou o post inexistente
E a voz ainda latente, de um passado tão pungente
Cheio de votos contentes.

Dane-se os que se foram e que ficaram
Dane-se os versos que agora brotaram
Um dane-se a mim e ao que de mim pensaram
Um dane-se a aquilo que nunca falaram
Um dane-se ao imortal por ter morrido
Dane-se a importância de ser amigo.
Dane-se essa ira, me calo sozinho.
Pois no fim sou apenas eu trilhando o caminho,
E não vi nimguem disposto a seguir comigo
Exceto o Senhor que me tem sido um abrigo.

Então dane-se o resto, apenas sigo.

Por Marvim Mota


A Melhor Companhia


Queria dizer que te amo
Queria bradar o amor
Queria ninar o teu sono
E reafirmar teu valor.

Queria te ter bem mais perto
Queria saber mais do amor
Queria desvendar teu mistério
O fascínio que envolve quem sou

Queria evitar esse abuso
De querer-te querendo bem mais
De gritar em um poema mudo
A espera do tempo da paz

Em queria, eu digo é querer
E querer, eu sei, não é poder
Pra poder, tem que esperar em paz
Até a paz, sele os lábios rapaz
E o rapaz se entrega a poesia,
No momento a melhor companhia.

Por Marvim Mota

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Passos ao Chão

   

   
    Gente!! Gente Que tem medo da gente! Me deparo com vários tipos de gente. 
   Gente como eu, gente como gente, e cá estou eu falando de gente minha gente! Gente que carrega nos pés calejados histórias de superação, histórias de alegrias, ou de dor, carregam marcas da vida, por meio de vidas criadas pelo criador, ou vivem um engano do não viver como querem e sim pelo que merecem, mas vivem pela inercia de viver. 
   Ah a Vida!! Vida minha que me trazes uma nova forma de vida, leva a eles que não querem entender o valor não dado ao sonhado ao amado, e a inquietude que agora me faço!
     Leva vida minha, pelo caminho que passo a cada prece que faço, um pouco menos de dor, a troca por mais um pouco amor. Leva vida minha, a cada oração, um perdão não dado, um abraço desperdiçado, o amor não amado. Vida minha, me leva e trazes o que desejo, além de um verdadeiro beijo, a bondade dos passos, aos anjos apostos abrindo caminhos, livrando-nos da dor, trazes a mim meu verdadeiro amor. Leva vida minha, aos ventos e todos alentos e digo-lhe que não precisas voltar, mas pode ficar e se quiseres demorar sirva-se pela falta de destino e pelo livre arbítrio que quero te dar.


Por Renata Silva
                                                     

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Corpo



Olhos,
Janelas da minh'alma
Contemple tua amada
Bela como a alvorada
E a divindade comprovada
Nos detalhes dos gestos seus.

Lábios,
Portas da poesia
Anseie pelo teu dia
O de saciar tua alegria
E concretizar tua fantasia
Dos lábios dela selarem os teus.

Mente,
Criadora de devaneios
Que exagerou em seus desejos
Mas persisto em seus anseios
De alcança-la e em seus beijos
Obter a prova que existe um Deus.

Por Marvim Mota

domingo, 6 de janeiro de 2013

Feliz Ano Velho

Lá se vai um ano velho
E tudo que passou
Lembro muito bem, pouco restou
De todas as pessoas e de todos os olhares
Hoje navegamos em outros mares.

Lá se vai um ano velho
E eu lembro muito bem
Os dias que tentamos ir além
Daquilo que tentaram e até do que lutamos
Não alcançamos mas foi bom sonharmos.

E ainda a tempo?
Pra eu perceber
Que não ha muito tempo.

Lá se vai um jovem velho
E o ano que passou
Em seu falso sorriso seu clamor
E a falta que lhe faz um abraço curto do seu Pai
Uma lagrima lhe escorre e ele diz: Pai.


E ainda a tempo?
Pra eu perceber
Que não ha muito tempo.

Por Marvim Mota


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Perseguição

           
     No fundo eu sei que
        As desventuras que me perseguem
           Também são perseguidas
               Porém,
                Pelas alegrias,
                    Que perseguirão a mim
                        Assim que as desventuras
                          Cansarem de brincar de perseguição
                           Felizmente alegrias não cansam de brincar.
                           Porque brincar gera sorrisos
                           E os sorrisos são os filhotes das alegrias.

Por Marvim Mota