sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

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Sei lá, hoje me peguei pensando e nem sei porque.

Será que você lembra disso?

Será que você ainda é você?

Será que um dia veria isso?

E se alguém comentasse, seria eu ou você?


Este é o fim deste espaço e deste ciclo,

Tudo tem um fim, nem tudo um inicio.

Abandono as memórias como se larga um vicio.

Se um dia revisitar este espaço, 

aproveite a estada e deixe sua assinatura e seu nome como sinal de um sorriso.


segunda-feira, 8 de maio de 2017

De Javu



 E depois de tudo...
Esperando a chuva passar,
Esperando a hora chegar,
Esperando o dia raiar
Esperando o filho nascer
Esperando a voz me dizer
Esperando falar de você
Esperando ser.

E depois de tudo...
Esperando alguém me notar,
Esperando uma mão estancar,
Esperando um auxilio surgir,
Aguardando uma força emergir,
Só um fato, um milagre, um sorrir,
Só um dane-se, um virar-se e vir,
Um irar-se, quebrar-se, emergir,
Por você, por nós, por mim,
Um impor-se, um impasse,
Enfim.

E depois de tudo... Eu ainda estou aqui.

Marvim Mota

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Amnésia



Havia alguma coisa no caminho,
Alguma coisa em mim,
Havia uma coisa no caminho.

No caminho estava eu
E alguma coisa no caminho,
Algo da lembrança
Que foi deixada ou foi destino.
Havia alguma coisa,
Havia uma coisa no caminho.

Não era uma pedra, não era perigo.
Seria uma pessoa, ou seria sentido?
Eu tento lembrar, eu tento sozinho,
Ninguém se recorda, mas eu reafirmo:
Havia uma coisa
Alguma coisa no caminho.

Por: Marvim Mota

domingo, 18 de outubro de 2015

Sobre Abelhas de Papel



Parece loucura, e talvez seja,
Vi abelhas de papel sobre a mesa
A lembrança da infância e da  inocência tardia
Na calada da noite o assoviar do dia.

Na guerra por nossos sonhos em meio ao mundo real
Na tenra idade adulta, na luta contra o carnal,
A memoria tão viva e astuta sobrevive atemporal
No sorriso de rima oculta, na lagrima sacrificial.

Sobrevivo sem muita astucia caminhando no vendaval
As abelhas se vão em duplas voando em espiral
Observo parado a rua num interno memorial
E escrevo em letra turva, meu desejo de natal.



quinta-feira, 24 de julho de 2014

Como Realmente Aconteceu

   
   E ouve o dia em que nada mais fazia sentido, depois de se odiar com todas as forças, decidiu odiar o mundo... "porque direcionar a mim, se posso odiar o transito, o motorista, o passageiro, a musica, o vento na janela, a voz do anunciante, a grama do vizinho, o vento na janela, a musica, a garoa, o vento na janela...?"
   E depois de desacreditar na poesia e nos próprios sentimentos, depois de negar a existência da beleza pura e do que é incondicional. Depois de negar os versos e o sorrir banal. Depois de negar si mesmo e sua própria essência, depois de negar o obvio e se unir a Nietzsche, e depois de se tornar um tolo e o sofrer fetiche... Você a viu.
   Olha-la foi como voltar a sexta série e receber um grito do professor, foi como voltar a adolescência e escutar pela primeira vez a batida ensurdecedora de um bom dubstep, foi como versos penetrando a pele purificando o sangue, foi como Tolkien me dizendo que era verdade, foi como Platão gritando ao meu ouvido em um riso sarcástico, foi como Lewis desvendando meus olhos para um novo mundo e este mundo era ela. Foi como Chesterton me sorrindo com o obvio, foi como Cicero me relembrando a poesia com um som que me parecia novo, e era o som do riso dela... Foi como Moises dividindo os hemisférios do meu cérebro, foi como Eistein com a língua pra fora tomando um sorvete misto dizendo que tudo é relativo exceto o olhar dela lhe causando borboletas no estomago, foi como David Bowey ao meu lado me dizendo pela centésima vez: "We can be heroes just for one day". Foi como Gaiman me apresentando um novo Perpetuo, foi como ver Shakespeare embasbacado com tal visão, foi como Paulo me dando um exemplo para aquela sua tentativa de definição.
    E eu temi que fosse fantasiar com a realidade, mas ela me tragou em seu devaneio e te digo que isto é a verdade, sou o rei de um novo mundo e plebeu por afinidade, sou Prometeu com o fogo dos deuses o distribuindo à humanidade, receba estas afirmativas como tua carta de liberdade, pois com minha alma eu testifico Ela existe e é de verdade. Dançamos juntos pela cidade (não em metáfora, literalmente), enquanto os Beatlles e toda a gente nos aplaudia em tom veemente.
   
Por Marvim Mota

domingo, 20 de abril de 2014

Ele

Sou o que sou
E nada sou alem do que sou
A Tua graça me alcançou
Apesar de tudo que sou.

Mas Tu És aquilo q És,
És a luz para os meus pés
Soberano para sempre És
Oh desejado das nações.

Toda língua dirá quem És
Dos fieis aos infiéis
Se prostrarão ante aos Teus pés
Com o temor nos corações.

Apesar de mim, Tu ainda És
Fiel e amável, pra sempre És
Em misericórdia me concede fé
Eu nada sou, mas eu sei quem És.

Por Marvim Mota
(Ao som de Sleeping Giant - He Will Reing)

sábado, 12 de abril de 2014

Verde


Testifico do que vivo e vejo
Verde cor do meu encanto e medo
Verde mar no qual me lanço inteiro
Naufragado no feliz receio.

Estopim de tal beleza e apreço
Verde luz nas tuas janelas vejo
(Não ha taxa, nem tributo ou preço)
Mesmo quando minhas janelas fecho.

Verde medo e em meu temor me escondo
Verde escudo em meu braço, pronto,
Verde força que destrói o ponto
No qual eu me escondia tanto.

Eis a arca onde guardei tudo,
Eis o verso que mantive mudo,
Eis a oferta para a verde cor
Avistada quando o sol se pôr.

Por Marvim Mota
(Ao Som de: Gorillaz - Sound Check [Gravity])