sábado, 12 de abril de 2014

Verde


Testifico do que vivo e vejo
Verde cor do meu encanto e medo
Verde mar no qual me lanço inteiro
Naufragado no feliz receio.

Estopim de tal beleza e apreço
Verde luz nas tuas janelas vejo
(Não ha taxa, nem tributo ou preço)
Mesmo quando minhas janelas fecho.

Verde medo e em meu temor me escondo
Verde escudo em meu braço, pronto,
Verde força que destrói o ponto
No qual eu me escondia tanto.

Eis a arca onde guardei tudo,
Eis o verso que mantive mudo,
Eis a oferta para a verde cor
Avistada quando o sol se pôr.

Por Marvim Mota
(Ao Som de: Gorillaz - Sound Check [Gravity])

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