Grito, deito e espero
Os segundos não passam, oro
O celular não toca
Grito, deito, choro.
Melancolia dramática
Arte improvisada sem auto-permissão
Tristeza em supervalorização
O sabor agridoce na canção.
Flagelo pessoal é lembrar de ti.
Se foi real o que vivi
Ou se vivi enquanto dormí.
Se eu disse para eu mesmo ouvir
E de tanto querer-te, enlouquecí,
E enlouquecendo, eu sorri.
Entretanto, ouso dizer:
Se essa é a sanidade, me permitam enlouquecer
Pois prefiro o sorriso louco que ser são e não te ter
Prefiro ser insano e em insanidade me perder
Prefiro lembrar da fonte, do que em sede perecer.
Nem beijar-te mais importa, só me importa te rever.
Contemplar tua beleza, deliciar-me com tua voz
Esquecer do mundo inteiro e fingir que estamos sós
Apreciar tua imagem até não ser mais lembrança.
Não pensar se é real, se é incerteza, ou esperança
Pois estando aqui comigo não importa esse dilema
Só escuto a voz no ouvido me dizendo: Amor, não tema.
Mas agora estando longe tudo parece um sonho
Grito, deito e peço a Deus que venha o sono.
Por Marvim Mota
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