terça-feira, 25 de março de 2014

Sobre Muitas Coisas

De absinto abastado, 
abatido.
Aturdido, 
Retorcido, 
Recolhido,
Refeito.

Renascido, 
Renovado, 
Ressurgido,
Ressuscitado.
Divinamente reorganizado,
Divina dor do agonizado,
Divina vida, vivificado.
Sangue de Cristo, Justificado,
Divina Graça sobre o pecado,
Divida paga, quitado o saldo.
Incompreensível, de Saulo a Paulo, 
O preço da vida, meu preço, ama-lo.

Por Marvim Mota
(Ao som de Scar Tissue - RHCP)

segunda-feira, 17 de março de 2014

Um Poema a Mim Mesmo


  
Dedico estes versos a mim
A tudo que eu vi
Ao que sobrevivi
Ao reflexo que encaro
Que cumprimenta-me a sorrir.

Dedico estes versos ao labor
Aos amigos e a dor,
As piadas e ao sabor
Das horas que rolamos vários dados com fervor.

Dedico esta rima ao saber,
Às cicatrizes do viver,
À cada dia que levanto
remodulando-me no ser.

Dedico esta estrofe ao Senhor,
Diante do pó que me formou,
Diante do amor que me doou,
Contemplando o nada que eu sou
Dedico esta vida ao Senhor.

Dedico este poema ao crescer,
à experiencia de envelhecer
Ao ser o que se deve ser
A alegria de poder dizer
Que ainda não É, mas está a SER.

Marvim Mota

terça-feira, 4 de março de 2014

Calendario



 E depois de tudo...
Esperando a chuva passar,
Esperando a hora chegar,
Esperando o dia raiar
Esperando o filho nascer
Esperando a voz me dizer
Esperando falar de você
Esperando ser.

E depois de tudo...
Esperando alguém me notar,
Esperando uma mão estancar,
Esperando um auxilio surgir,
Aguardando uma força emergir,
Só um fato, um milagre, um sorrir,
Só um dane-se, um virar-se e ir,
Um irar-se, quebrar-se, emergir,
Por você, por nós, por mim,
Um impor-se, um impasse,
Enfim.

E depois de tudo... Eu estou aqui.

Marvim Mota