terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Cais


   Caminhei até o fim da ponte, onde as águas encontram a madeira, onde um passo pode me lançar na imensidão azul... O céu nublado contrasta com a beleza do mar, não q o céu n tenha sua beleza... Mas ele está tão triste hoje... E sua melancolia me invade, quase posso sentir sua dor... As primeiras lagrimas celeste caem em minha face e sem saber ao certo o porquê, eu choro com ele.
   Ver o mar sempre me anima sempre me trás alegria. Mas hoje meu olhar volta-se para o céu nublado... Sei que é o mar que me agrada, sei que é sua imensidão que me consome, suas ondas são o que me aliviam a pele e a alma quando me encontram, o som de suas águas é o que me acalmam quando meu espírito está inquieto... Mas ver o céu tão negro chamou minha atenção, e não consigo pensar em outro azul a não ser no que devia estar no firmamento celeste (e, no entanto já não se encontra)... Penso em suas nuvens brancas tão acinzentadas hoje, já não sei se a melancolia pertence a mim ou ao céu, talvez o céu esteja triste por minha causa, por eu sempre ter estado feliz com o mar e ter lhe negado o olhar... Já não sei.
   As lagrimas celestes se intensificam. A superfície do mar borbulha quando as lagrimas o tocam, será que o mar comoveu-se? Ou apenas sofre por hoje eu sofrer com o céu? Quem pode decifrar as expressões suaves que lhe passam quase que despercebido aos demais?
   Sei que jamais deixarei de nadar no mar, e sei que o céu não estará nublado para sempre... Assim como minha melancolia não estará presente em mim por muito tempo, libertando-me assim da dor de sofrer sozinho, enganando-me com o céu e o mar para fingir que alguém se importa.

Por Marvim Mota

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