Caminhei até o fim
da ponte, onde as águas encontram a madeira, onde um passo pode me lançar na
imensidão azul... O céu nublado contrasta com a beleza do mar, não q o céu n
tenha sua beleza... Mas ele está tão triste hoje... E sua melancolia me invade,
quase posso sentir sua dor... As primeiras lagrimas celeste caem em minha face
e sem saber ao certo o porquê, eu choro com ele.
Ver o mar sempre me
anima sempre me trás alegria. Mas hoje meu olhar volta-se para o céu nublado...
Sei que é o mar que me agrada, sei que é sua imensidão que me consome, suas
ondas são o que me aliviam a pele e a alma quando me encontram, o som de suas
águas é o que me acalmam quando meu espírito está inquieto... Mas ver o céu tão
negro chamou minha atenção, e não consigo pensar em outro azul a não ser no que
devia estar no firmamento celeste (e, no entanto já não se encontra)... Penso
em suas nuvens brancas tão acinzentadas hoje, já não sei se a melancolia
pertence a mim ou ao céu, talvez o céu esteja triste por minha causa, por eu
sempre ter estado feliz com o mar e ter lhe negado o olhar... Já não sei.
As lagrimas
celestes se intensificam. A superfície do mar borbulha quando as lagrimas o
tocam, será que o mar comoveu-se? Ou apenas sofre por hoje eu sofrer com o céu?
Quem pode decifrar as expressões suaves que lhe passam quase que despercebido
aos demais?
Sei que jamais
deixarei de nadar no mar, e sei que o céu não estará nublado para sempre...
Assim como minha melancolia não estará presente em mim por muito tempo,
libertando-me assim da dor de sofrer sozinho, enganando-me com o céu e o mar
para fingir que alguém se importa.
Por Marvim Mota
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