quinta-feira, 25 de abril de 2013

Refém


   
   A ausência das tuas palavras em meu ouvido fez um temor pairar sobre mim, inebriando minha lucides, disseminando uma fragilidade interna que já n me é desconhecida. Entretanto, não aprecio a companhia dela, pois seus sussurros dão calafrio na alma e preenchem com saudade o espaço vazio dos meus olhos.
   Meu olhar não se cansa das tuas fotografias, mas meus ouvidos bradam em rebelião, erguem seus estandartes em revolta, aliam-se ao meu coração oco e apoderam-se do território do meu cérebro pra me dizer que: Suas fotos não possuem sua voz... Seu sorriso é estático, no olhar não ha vida, não tem seu riso farto, não me contam da vida, não perguntam e não ouvem, não respondem nem cheiram, suas fotos não entendem de amor, não reclamam na segunda-feira.
   Em um clichê cosmicamente planejado, a chuva se inicia enquanto escrevo palavras ditadas pelos meus ouvidos, de quem sou refém. E suas fotos não comemoram a garoa, apenas sorriem belamente de forma estática, satisfazendo meus olhos q não se incomodam com a batalha que travo.
   Meu coração oco bombeando revoltado, fica mais preguiçoso em seus serviço quando me deito p dormir. Meus olhos, agora cansados, anunciam o fim do serviço diário. Meus ouvidos ainda permanecem no território dominado, mas já demonstram desistência.
   Porem, quando fito sua imagem uma ultima vez, em uma ação desesperada eles se apoderam dos meus lábios e empurram boca afora uma frase à sua foto:
- Boa noite princesa.
   Apenas o silencio como resposta.

Por Marvim Mota

domingo, 14 de abril de 2013

Sacrilégio Interno


Senhor, quero escalar Teu santo monte
E olhar o mundo de lá
Observar Teu olhar distante
E ouvir Tua voz falar:

Onde estão? Onde estão os cristãos? Onde estão?

Onde estão as obras?
Onde está o perdão?
Onde está o amor e a graça acima da religião?
E quanto aos perdidos?
Pra que ostentação?
Vale nada um templo cheio de almas presas a acepção.

Sacrilégio interno, as palavras foram vendidas no altar
E a plebe incerta assina um acordo de jamais questionar.

Onde estão? Onde estão os cristãos? Onde estão?

No comercio interno o pecado é pago de forma singular
Um adultério belo de tudo aquilo que se devia ensinar

Sacrilégio interno, as palavras foram vendidas no altar
E a plebe incerta assina um acordo de jamais questionar.

Onde estão? Onde estão os cristãos? Onde estão?

Por Marvim Mota


quarta-feira, 10 de abril de 2013

E Pra Começar Bem O Dia


Dane-se a opinião publica em geral,
Tanto os bons como os maus.
Dane-se as expectativas e as frustrações vividas.
Dane-se as dificuldades, as facilidades
As integridades e as boas maldades
Dane-se os que não se importam
E os que pouco se importam.
Dane-se o post indiferente ou o post inexistente
E a voz ainda latente, de um passado tão pungente
Cheio de votos contentes.

Dane-se os que se foram e que ficaram
Dane-se os versos que agora brotaram
Um dane-se a mim e ao que de mim pensaram
Um dane-se a aquilo que nunca falaram
Um dane-se ao imortal por ter morrido
Dane-se a importância de ser amigo.
Dane-se essa ira, me calo sozinho.
Pois no fim sou apenas eu trilhando o caminho,
E não vi nimguem disposto a seguir comigo
Exceto o Senhor que me tem sido um abrigo.

Então dane-se o resto, apenas sigo.

Por Marvim Mota


A Melhor Companhia


Queria dizer que te amo
Queria bradar o amor
Queria ninar o teu sono
E reafirmar teu valor.

Queria te ter bem mais perto
Queria saber mais do amor
Queria desvendar teu mistério
O fascínio que envolve quem sou

Queria evitar esse abuso
De querer-te querendo bem mais
De gritar em um poema mudo
A espera do tempo da paz

Em queria, eu digo é querer
E querer, eu sei, não é poder
Pra poder, tem que esperar em paz
Até a paz, sele os lábios rapaz
E o rapaz se entrega a poesia,
No momento a melhor companhia.

Por Marvim Mota