Olá, faz um tempo
que não nós falamos, eu vim por meio dessa carta tentar retomar isso. É
provável que não reconheça mais a minha escrita, portanto vou me apresentar...
Sou eu, o Espírito Santo.
Ultimamente tenho
lembrado o nosso primeiro encontro, não sei se você lembra, mas, eu nunca me
esqueci: Você orava de olhos fechados, eu te olhei e achei aquilo tão lindo...
Sua sinceridade, sua inocência. A medida que eu me aproximava, suas pernas tremiam,
e quando eu te abracei, foi como uma explosão. Você não entendia direito o que
estava acontecendo, mas, não queria que acabasse.
Depois daquele dia
você estava cheio, se pudesse evangelizava o mundo inteiro. Naquele tempo
tivemos muitos momentos juntos, mas alguns realmente me emocionaram. Como
daquela vez que você decidiu fazer uma apresentação pra mim. Estava tudo tão
lindo, tão verdadeiro que eu não me contive em ficar só olhando e decidi participar
com você. A minha presença afetou tanto você que quase não conseguia terminar a
apresentação.
Foram momentos
realmente belos. Quando você cantava, quando você tocava, quando você
dançava... Verbos no passado... Acredito que começou quando você assistia a
aquele filme que continha umas coisas meio obscenas no meio. Eu sabia o que
viria, então falei no seu ouvido:
- Por que não para pra ler a Bíblia?
Você ouviu, pensou
e escolheu o filme. No momento das cenas que eu mencionei você nem se preocupou
em avançar, pensou:
- Que mal pode haver?
E usou os olhos que
eu santifiquei para apreciar o pecado e lembrar-se do mundo.
Em outra vez, você
estava com aqueles seus amigos que não são cristãos. Eu nunca vi mal nisso, até
por que você fazia a diferença entre eles... Até aquele momento. Um deles havia
comentado um caso engraçado que aconteceu. Logo em seguida outro disse que isso
parecia uma piada, e logo elas vieram. A sessão de piada começou bem natural,
algumas eram realmente bem engraçadas, mas logo ganharam certa vulgaridade, e
depois se tornaram visivelmente imorais. Lembrei a você que não devia estar
ali, mas você não queria sair, estava se divertindo. Então você abriu a boca e
contou o caso mais sujo do que todos aqueles já mencionados. Todos riram, exceto
eu. Foi demais pra mim, aqueles eram os lábios que me adoravam? Que cantavam
louvores a mim?
Com o tempo, você
já não lia a palavra, reduziu a freqüência nos cultos e deixou de falar comigo.
Mas ouve aquele
culto, lembra? Eu tive liberdade para agir e estava tocando na maioria da
congregação. Foi maravilhoso. E em meio a aquela agitação... Eu ouvi a sua voz,
estava falando comigo, estava orando novamente! Você disse que estava triste,
por que toda a igreja sentia minha presença, era tocada por mim e você não
sentia nada. Você sentiu minha falta, você queria um abraço meu.
Eu corri para
abraçá-lo... Mas, não consegui. Você estava sujo, o odor do pecado estava impregnado
em você. Eu queria, eu tentei, mas não pude.
Esperei você chegar
a sua casa pra conversar, mas você se deitou e dormiu. Tudo bem... Estava
cansado, eu entendo. Esperei que você falasse comigo no dia seguinte, mas não
teve tempo... Até que você se acostumou com a minha ausência.
Então lhe enviei
essa carta, eu sei que agora está com receio, mas não tenha medo, não é uma
carta de repreensão, só quero que veja a historia do meu ponto de vista, quero
que saiba o que senti... O que ainda sinto... Eu sinto saudade de você, sinto
falta da sua alegria, sinto falta de sua voz cantando, sinto falta dos nossos
momentos. Sinto falta da nossa amizade.
Ainda estou esperando, e você sabe que estarei
ouvindo caso queira me dizer algo agora.
Com amor... Seu amigo: Espírito Santo.
“Digitado por” Marvim
Mota
Nossa , que belo !
ResponderExcluir#Godblessforyou!