O papel em branco continua encarando-me ironicamente, gabando-se pela ausência de rabiscos em sua superfície (Pergunto-me se deixar a minha teimosia de escrever a mão e passar digitar os textos evitaria esses constrangimentos).
Respiro fundo e visito os recônditos da minha mente em busca de alguma ideia antiga, o que avisto é assombroso... Há uma cidade lá, repleta de historias e personagens abandonados. Ao me ver, todos se aproximam, querem ser escritos, querem saber os rumos de suas histórias, (mal sabem eles que nem eu sei o rumo da maioria deles)...Meu desejo é um texto curto. Procuro entre eles alguém que possua uma breve aventura que resuma sua vida em uma ou duas paginas, Mas todos possuem características marcantes que, ao meu ver, seria u desperdício rejeita-las.
Entretanto, minha coragem para historias longas está meio fraca... Decido observa-los, são tantos, até mesmo personagens que não são minhas criações estão ali.
Os ninjas da noite (!!!)... minha primeira criação... Estão reunidos, implorando um remake... E que "por favor, mude o titulo".
Mais próximo a mim, outro personagem... Cometa, diz já conhecer seu trágico fim, mas gostaria de vê-lo num papel. Atras dele, vejo Vertigo me mostrando suas inúmeras versões, me pedindo para escolher uma, "qualquer uma", disse ele.
Red, me ameaça com uma arma estranha, diz que vai explodir meu cabeção se eu não escreve-lo, depois sorri e me abraça afagando minha cabeça, dizendo estar brincando. (Não falei nada, mas tive duvidas quanto a isso.).
Um jovem nefilin apareceu ofegante, pediu para que eu contasse sua historia. Perguntei o motivo da falta de folego, ele contou que estava cassando uma entidade demoníaca e não podia ficar ali, saiu voando.
Havia outros que eu não conhecia, mas já imaginava seus enredos. Decidi voltar a minha normal consciência (se é que minha consciência é normal) para decidir o que escrever, olho o papel e... Ora, vejam só! Escrevi algo! Não é grande coisa e não quer dizer nada, mas enfim, é um texto.
Meus personagens vão ter que esperar um pouco mais.
Por Marvim Mota
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